A entrevista da Veja desta semana está bombástica (no bom sentido). Camille Paglia, a intelectual americana da cultura pop, diz que o cenário atual é desanimador e exalta nossa Daniela Mercury - de quem se tornou fã - como a "Madonna brasileira". Mas sobre a verdadeira Madonna ela dispara:
"Ela está patética. O que mais me espanta é esse envolvimento com a cabala. De um lado está a Madonna dos anos 80, um símbolo de rebelião contra a ortodoxia religiosa. Agora temos a Madonna pregando a cabala, catequizando pessoas. Para Madonna, consultar a cabala é como ir ao terapeuta. Não é uma crença religiosa, é um modo de lidar com seus problemas psicológicos. E não é coincidência que a criatividade dela tenha decaído. Além disso, ela está um monstro. São inacreditáveis aqueles braços grotescamente musculosos e mãos que lembram garras. Não me parece uma sexualidade realmente autêntica, é muito conceito, muito planejamento mental. Ela deveria meditar sobre sua grande influência, Marlene Dietrich, com quem viveu algo muito triste. Madonna quis fazer um filme sobre Marlene, que ainda estava viva, reclusa em Paris. Marlene não quis. Não permitiu que ela a interpretasse, por considerá-la muito vulgar. Madonna se casou com um homem dez anos mais novo e começou a lutar para parecer uma menininha. Quanto tempo vai continuar com isso?"
A entrevista continua e Camille também:
"Eu achava Guy Ritchie [ex-marido de Madonna] um cara decente e continuo achando. Depois da separação, todo mundo esperava que ele voltasse a desfilar com loiras pernudas, o tipo de mulher com quem saía antes de se casar. Até agora, não apareceu nenhuma foto de Ritchie com outra mulher. Já Madonna quer dar o troco e mostrar que continua desejada, mas só parece desesperada ao sair com homens como Alex Rodriguez (jogador de beisebol) e agora o modelo brasileiro. Ele é muito bonito, diria magnífico, mas o caso é patético. Acho bom que mulheres mais velhas tenham namorados mais jovens. Mas tem de existir química, um entendimento na relação entre os dois. No caso de Madonna, o rapaz parece um gigolô e faz com que ela fique ridícula."
Sobre Angelina Jolie, a quem considera "uma atriz maravilhosa", Camille diz:
"O problema com Angelina é que, ao atingir o ápice do estrelato, as pressões ficaram muito fortes e ela passou a fazer um jogo de esconde-esconde esquisito. Normalmente, eu desaprovo atores que se passam por militantes políticos. Tudo bem aparecer ocasionalmente em um evento beneficente, mas eles não devem partir para cruzadas. Uma exceção é o Bono Vox. Acho interessante ver que, conforme vai envelhecendo, dedica sua energia às questões políticas. Mas Angelina ainda está no topo da sua performance. Ela deveria gastar o tempo estudando arte em vez de ficar tentando provar que é Madre Teresa ou Joana d'Arc. Minha vontade é dizer a ela: 'Pare de falar e vá se concentrar em outra coisa'."
Falou e disse. Quem quiser ler a entrevista na íntegra, ela está na revista Veja (Edição 2101, de 25 de fevereiro de 2009).
Um comentário:
oi meu querido!
saudades de vc!
E que bela surpresa eu tive de encontrar isso tudo aqui bem atualizado! Adorei!
Sobre a entrevista da Paglia, ah, acho uma bobagem ela ficar julgando coisas com base em argumentos que ela não tem comprovação. Aliás, típico da revista, né?
Bom, me liga qndo voltar@
Beijos
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