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5 álbuns de 1980 que passaram batidos


Esquisitice é comigo mesmo. Talvez seja mais apropriado usar o termo "raridade". Ou, quem sabe, raridade esquisita. Tenho uma queda por álbuns pouco conhecidos ou que não fizeram sucesso. Às vezes o artista/grupo é famoso, mas lançou um disco que foi pouco divulgado ou fracassou nas paradas. E outras vezes tanto o artista/grupo quanto o álbum são pouco conhecidos, o que os torna ainda mais atraentes para meu gosto pouco usual. Também tenho pra mim que determinados anos  – como o de 1980, por exemplo  foram especiais e inigualáveis no que diz respeito a música. Por isso proponho um cruzeiro por mares (quem sabe?) nunca dantes navegados. Eis uma listinha básica com 5 discos pouco conhecidos de 1980. Ou seja, são 5 cruzeiros distintos. Alguns desses discos nem foram lançados no Brasil, outros ainda podem ser encontrados em sebos e lojas de vinil. Ou, para os mais exigentes, em importadoras de CDs. (Os moderninhos procuram direto na internet e baixam). Se alguém quiser se aventurar pelo passado, ele está bem presente aqui:



Larsen-Feiten Band  Larsen-Feiten Band
Lançamento: 1980
Faixas: Who'll Be the Fool Tonight/ Danger Zone/ Further Notice/ Over/ She's Not in Love/ Morning Star/ Make It/ Aztec Legend

Para quem gosta de pop, soul, fusion, jazz, blues e funk tocados com grande habilidade, este álbum é um prato cheio. Esse tipo de música costuma ser classificada como West Coast soft pop rock (um rockzinho suave, melódico, mais na linha do pop). Muita música desse gênero é considerada sem sal, comercial e descartável. Mas existem exceções e esta é uma delas. Se você não dá bola para rótulos, vai ter a chance de curtir um álbum delicioso do início ao fim, que passou batido. E com dois músicos do calibre de Neil Larsen e Howard "Buzz" Feiten juntos, a experiência vale muito a pena. Feiten, talentoso e subestimado guitarrista americano, turbinou inúmeros projetos dos quais participou. Para se ter uma ideia, já gravou/tocou com artistas como Bob Dylan, Aretha Franklin, Etta James, James Taylor, Stevie Wonder, só para citar alguns bem conhecidos. A música mais conhecida  ou menos desconhecida  deste álbum é Who'll Be The Fool Tonight, que fez parte da trilha sonora internacional da novela Um Homem Muito Especial (1980), da Rede Bandeirantes. 



The Wanderer – Donna Summer 
Lançamento: outubro de 1980
Faixas: The Wanderer/ Looking Up/ Breakdown/ Grand Illusion/ Running for Cover/ Cold Love/ Who Do You Think You're Foolin'/ Nightlife/ Stop Me/ I Believe in Jesus

Quem não conhece Donna Summer, a "rainha das discotecas"? Entre 1976 e 1979 não teve pra ninguém, ela reinou absoluta nas pistas de dança do mundo todo. Estrela da Casablanca Records nos anos 70, Summer achava que estava sendo explorada pela gravadora e também sendo induzida a passar uma imagem sensual e sexual, coisa que a deixava bastante incomodada. Entre 1979 e 1980, após um período de problemas pessoais, discordâncias profissionais e uma rotina estressante, a cantora passou por uma depressão, se desligou da Casablanca e processou a gravadora, pela qual também havia sido roubada. Assim, em 1980 foi a primeira artista a assinar com o recém criado selo Geffen Records. Gravou The Wanderer, seu oitavo álbum de estúdio, que teve uma pegada mais pop/rock e new wave (nessa época a disco music começava a ser execrada nos EUA). A única canção desse LP que fez algum sucesso foi a faixa-título. Mas quem parar para ouvir o álbum todo atentamente vai perceber que 80% das faixas são ótimas e muito bem produzidas. Quem só conhece a Donna Summer das discotecas precisa ouvir esse disco.



Looking For a Good Time – Tomas Ledin
Lançamento: 1980
Faixas: Looking For a Good Time/ A Little Love/ Open Up/ Something's Missing/ Right Now/ Not Bad At All/ The Sun's Shining In The Middle Of The Night/ Just Another Fool/ We Are The Rock 'n' Roll Brothers/ What Are You Waiting For

O cantor, compositor, guitarrista e produtor sueco Tomas Ledin não é nem um pouco conhecido no Brasil, mas em seu país natal tornou-se popular desde cedo, quando acompanhou o ABBA em turnês mundo afora. Fazendo backing vocal para o grupo, Tomas recebeu o convite para gravar um álbum pela gravadora do ABBA, a Polar Music. Daí nasceu Looking For A Good Time. Ele venceu em 1980 o Melodifestivalen, famoso concurso de música da Suécia, e representou seu país no Eurovision Song Contest daquele ano com Just nu!. A canção fez grande sucesso na Escadinávia e Tomas gravou uma versão em inglês, Right Now, que também foi sucesso na Grécia e em Portugal. No entanto, o LP não chegou a decolar. Mesmo assim, o álbum é bom demais e tem um clima muito gostoso, recheado do pop/rock dançante típico da época e algumas baladas.



Real People – Chic
Lançamento: junho de 1980
Faixas: Open Up/ Real People/ I Loved You More/ I Got Protection/ Rebels Are We/ Chip Off the Old Block/ 26/ You Can't Do It Alone

Mesmo quem não curte disco music há de reconhecer o indiscutível talento do guitarrista Nile Rodgers e do baixista Bernard Edwards, a dupla que criou hits até hoje popularíssimos como Everybody Dance, Le Freak, I Want Your Love, Good Times e outros. Juntamente com as vocalistas Norma Jean (depois substituída por Luci Martin) e  Alfa Anderson formaram o Chic em 1977. Paralelamente ao Chic, Rodgers e Edwards produziram álbuns de sucesso para Diana Ross, Debbie Harry, Sister Sledge, David Bowie, Madonna, Duran Duran e outros. Mas por volta de 1980, com o repúdio sofrido pela disco music, o Chic perdeu força como grupo. O disco Real People não fez o estrondoso sucesso dos anteriores, mas apesar disso é um grande álbum. Gerou duas canções de razoável sucesso: Real People e Rebels Are We



Sylvia Mason  Sylvia Mason
Lançamento: 1980
Faixas: We've Gotta Dance / Shadow In The Sun / Hello Superduper Star / Somebody Loves You / You're Like A Silent Movie / Closer To Heaven / Afraid Of Love 

A britância Sylvia Mason-James começou sua carreira em 1977, como vocalista do grupo Voyage, responsável por vários clássicos da era disco. Emplacaram dois álbuns de muito sucesso, Voyage (1978) e Fly Away (1979). Em 1980 Sylvia resolveu trilhar carreira solo e lançou o álbum Sylvia Mason. Mas fora do Voyage, sua carreira não deslanchou. Depois disso ela se voltou para a função de backing vocal e trabalhou com diversos artistas, entre eles Robbie Williams, Cher, Swing Out Sister, Sheena Easton, Pet Shop Boys e Simple Minds. O único álbum de Sylvia, no entanto, tem várias faixas boas. A mais conhecida é Shadow in The Sun, que fez parte da trilha sonora internacional da novela Plumas e Paetês (1980), da Rede Globo. You're Like a Slient Movie também está entre as melhores.

Memórias de Woody Allen

Apesar de fã confesso de Woody Allen, admito que o diretor já me entusiasmou muito mais em tempos passados. Lá pelos meus 19 ou 20 anos, eu assistia a filmes como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Interiores, Um Assaltante Bem Trapalhão e Manhattan sem parar. Não apenas esses, como vários outros também. Sempre o achei sensacional. Na segunda metade dos anos 90, os filmes foram me parecendo um pouco menos interessantes. Exceto por um ou outro (como Trapaceiros), minha empolgação com Woody Allen deu uma diminuída. Não que eu tivesse parado de assistir todos os lançamentos do diretor que chegavam aos cinemas, mas eles me pareciam meio repetitivos, não tinham mais aquelas sacadas geniais. Sei lá, talvez eu tivesse mudado.

No ano retrasado, ao assistir Vicky Cristina Barcelona, voltei a me entusiasmar com os filmes do diretor. Divertido, inteligente, cheio dos toques típicos de Woody Allen e mais: de alguma forma teve um ar de novidade. No ano passado, ao assistir Meia-Noite em Paris, voltei a colocar Allen em um pedestal. Achei seu filme mais sensacional dos últimos 15 anos, sem sombra de dúvida. No último fim de semana, em uma longa incursão pela videolocadora, me deparei com um filme de Allen que já conhecia de nome há muito tempo, mas nunca tinha assistido: Memórias (Stardust Memories, 1980). Nem sei se chegou a ser lançado em vídeo no Brasil. Não me lembro de tê-lo visto em parte alguma. 

Não pensei duas vezes: peguei o DVD. E tive outra ótima surpresa porque, após muitos anos, me reencontrei com aquele Woody Allen do passado, aquele que tanto me fascinou no final de minha adolescência e que havia ficado lá atrás. O mesmo tipo de personagem que ele interpretara em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Manhattan e tantos outros estava em Memórias, cheio de questionamentos e tiradas hilárias. Ele faz o papel de um diretor de cinema que recebe um convite para uma mostra de seus filmes durante um final de semana, na qual será homenageado. Relutante, ele acaba sendo convencido a comparecer. Esse é o mote para uma série de lembranças surgirem, na forma de antigas namoradas.

Woody Allen interpreta um diretor de cinema em "Memórias"
Projeto menor e menos conhecido de Woody Allen, Memórias brinca com o surrealismo e, ao mesmo tempo, revela-se o filme mais autobiográfico do diretor, embora ele sempre tenha negado. O que ele já declarou várias vezes é que, entre seus filmes, este (junto com A Rosa Púrpura do Cairo) é o seu favorito.

Memórias surgiu de uma resposta de Woody Allen à escritora Joan Didion, que havia escrito um artigo hostil sobre ele, e também da indiferença com que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas tratara seu filme "sério" Interiores, dois anos antes. Isso explica o clima ácido – e satírico  com que o diretor retrata os críticos de cinema e o próprio público no filme. Em uma cena impagável, que mostra o personagem de Allen durante uma coletiva com a imprensa, uma repórter afirma: "Muita gente o acusa de ser narcisista". E ele responde: "Sei que acham que sou egoísta e narcisista, mas isso não é verdade. Na verdade, se eu me identificasse com algum personagem da mitologia grega, não seria com Narciso". "Com quem seria?", pergunta a repórter. Ao que ele responde: "Zeus".

Charlotte Rampling e Woody Allen em "Memórias"
Memórias também foi o primeiro filme em que Allen utilizou músicas antigas na trilha sonora, fato que se tornaria uma marca registrada ao longo das décadas seguintes. Clássicos de Cole Porter (Easy to Love e Just One of Those Things) Glenn Miller (Moonlight Serenade) e a própria Stardust (cantada por Louis Armstrong), entre várias outras, estão deliciosamente espalhadas ao longo do filme. Até mesmo Brazil, de Ary Barroso, aparece cantada por Marie Lane.

Mas minha maior surpresa foi notar, logo no comecinho do filme, a então estreante Sharon Stone na primeira na cena. Fiquei intrigado e no final do filme tive a confirmação, era mesmo Sharon Stone fazendo sua estreia no cinema. A aparição é sem falas e não dura mais do que poucos segundos, mas a beleza de Stone é marcante. Para mim foi novidade. Eu não fazia ideia de que ela tinha estreado fazendo quase uma figuração neste filme. Aliás, por mais que digam que os filmes de Woody Allen são todos parecidos, para mim ele sempre será uma caixinha de surpresa. 

Sharon Stone, quem diria, estreando em "Memórias"

Salve sexta-feira 13!

Não é de hoje que certos dias ou épocas do ano têm fama de serem ruins ou trazerem má sorte. O mais famoso desses dias é a famigerada sexta-feira 13, temida pelos supersticiosos e transformada em piada pelos que não estão nem aí para lendas e crendices. Para reforçar ainda mais o mistério dessa data, o cinema americano tratou de imortalizar esse dia com a série de filmes de terror Sexta-feira 13 (Friday the 13th, 1980), protagonizada por Jason Voorhees, um serial killer que ataca jovens espevitados em acampamentos. O personagem acabou se tornando ícone dos filmes de horror.

Poucos sabem dizer qual é a verdadeira origem dessa crença no azar que a sexta-feira 13 traz. Em meio a várias explicações, ninguém consegue de fato estabelecer um porquê. Segundo Rainer Sousa, graduado em História e membro da Equipe Brasil Escola, uma das mais conhecidas justificativas para essa maldição conta que Jesus Cristo foi perseguido por volta dessa data. Antes de ser crucificado em uma sexta-feira, o salvador das religiões cristãs celebrou uma ceia que, ao todo, contava com treze participantes.

Os desavisados e espevitados jovens de Sexta-feira 13 (1980)
Mas a (má) fama da data é mesmo associada ao filme, que se transformou inesperadamente em um dos maiores sucessos dos anos 80. Curioso notar que foi uma produção barata e despretensiosa. Dirigido e produzido por Sean S. Cunningham, que já havia trabalhado com Wes Craven (papa dos filmes de terror) em Aniversário Macabro (The Last House on the Left, 1972), Sexta-feira 13 foi inspirado pelo sucesso de Halloween (1978), de John Carpenter. Filmes do diretor italiano Mario Bava, como Five Dolls for an August Moon (1970), também serviram de inspiração. Cunningham queria que Sexta-feira 13 fosse visualmente chocante.

O temido Jason Voorhees
Filmado entre setembro e outubro de 1979 e lançado em 9 de maio de 1980 (adivinhe: uma sexta-feira 13!), o filme deu origem a uma série de continuações (12 até hoje), nem todas de sucesso. O fato é que a franquia do maníaco Jason já lucrou um total mais de 500 milhões de dólares. Se isso é má sorte, imagine então o que seria a "boa" sorte!


Sucesso no mundo todo, Sexta-feira 13 dividiu a crítica, mas encontrou logo de cara uma legião de fãs e seguidores. E olha que os produtores nunca planejaram que aquele filme seria o ponto de partida para uma série de várias outras continuações. Com o tempo, essas continuações começaram a se perder e a qualidade caiu. Virou uma repetição da repetição. A fórmula, no entanto, deu muitíssimo certo ao longo da década de 1980.

Betsy Palmer vive a mãe de Jason
Betsy Palmer, que viveu a mãe do psicopata Jason, afirmou que se não fosse pelo fato de estar desesperada atrás de dinheiro para comprar um carro novo, jamais teria participado do filme. "Que bela merda! Ninguém vai assistir essa coisa", disse ela. Novamente parece que em vez de azar, o filme deu foi sorte. Até hoje Betsy é lembrada por seu papel como mãe de Jason. Rosto conhecido da TV americana nos anos 50 e 60, ela já havia participado de vários filmes consagrados como A Paixão de Uma Vida (The Long Gray Line, 1955), Os Amores Secretos de Eva (Queen Bee, 1956), O Homem dos Olhos Frios (The Tin Star, 1957) e outros. Por isso mesmo um crítico ficou tão revoltado com o papel de Betsy em uma produção barata de terror como aquela que publicou o endereço da atriz em uma revista e incentivou as pessoas a escreverem para ela protestando. Detalhe: ele publicou o endereço errado. Mais uma hilária vitória da "maldição" de Sexta-feira 13!

Kevin Bacon em Sexta-feira 13 (1980)
Outra curiosidade que nem todos sabem é que a carreira do então jovem Kevin Bacon teve seu pontapé inicial com Sexta-feira 13. Poucos anos depois ele se tornaria um dos astros dos anos 80 em filmes como Footloose - Ritmo Louco (1984), Águas Perigosas (1987) e vários outros na década seguinte.

Por esses e outros indícios, não temos motivos para temer a tão mal falada sexta-feira 13. Ela tem mais cara de amuleto da sorte do que dia de azar. Ou não?

A rainha do grito

Tony Curtis e Janet Leigh
Jamie Lee Curtis, filha do ator Tony Curtis e da atriz Janet Leigh (aquela da famosa cena do chuveiro em Psicose) ficou conhecida no comecinho dos anos 80 como "scream queen" ("a rainha do grito"). Jamie fez sua estreia no cinema em 1978 como a mocinha de Halloween - A Noite do Terror, filme de John Carpenter que virou febre e deu origem a uma série de continuações. A partir dali, Jamie se tornou, de fato, a rainha dos filmes de terror.

Jamie Lee Curtis em Halloween (1978)
Após o lançamento de Halloween, em outubro de 1978, e seu imenso sucesso (é considerado o filme independente mais lucrativo daquela época), a atriz embarcou em uma onda quase interminável de gritos em 1979. Chegou a estrelar nada menos do que três produções consecutivas naquele ano: A Bruma Assassina (The Fog), Baile de Formatura (Prom Night) e O Trem do Terror (Terror Train).

A Bruma AssassinaBaile de Formatura e O Trem do Terror
Entre abril e maio, gravou A Bruma Assassina; entre agosto e setembro, gravou Baile de Formatura (lançado em vídeo como A Morte Convida Para Dançar) e entre novembro e dezembro gravou O Trem do Terror. Todos foram lançados em 1980: o primeiro em fevereiro, o segundo em junho e o terceiro em outubro. Haja gogó para gritar em tantos filmes de uma só vez. Em todos eles Jamie viveu papéis bem parecidos: a mocinha que vê os amigos serem assassinados brutalmente e tem que lutar para sobreviver até o final.

Mas os filmes de 1980 não tiveram o impacto de Halloween. Dos três, o que se saiu melhor com o público e a crítica foi A Bruma Assassina, também de John Carpenter. Os outros dois, filmados no Canadá, não obtiveram o mesmo sucesso, embora hoje sejam considerados 'cult' entre os fãs do gênero. Como se não bastasse, em 1981 ela protagonizou mais dois filmes de terror/suspense: Enigma na Estrada (Road Games) e Halloween 2 - O Pesadelo Continua (Halloween 2). Quem pensa que os gritos param por aqui se engana. Ainda no mesmo ano ela estrelou o telefilme Death of a Centerfold: The Dorothy Stratten Story, que apesar de não ser um filme de terror, não deixa de ser uma história trágica (e real). Para quem não sabe, é sobre a breve vida de Dorothy Stratten, uma jovem garçonete que virou modelo, se tornou uma das mais famosas garotas da Playboy e acabou assassinada pelo namorado.



Embora a fama de rainha do grito tenha marcado o começo da carreira de Jamie Lee Curtis, ela também se destacou em outros gêneros além do terror e mostrou que não era atriz de um estilo só. Entre seus sucessos podemos citar Trocando as Bolas (1983), Dominick e Eugene (1988), Um Peixe Chamado Wanda (1988), Meu Primeiro Amor (1991), True Lies (1994) e O Alfaiate do Panamá (2001). Mesmo tendo provado que dava conta de papéis variados, ela ainda participou de Halloween H20: 20 Anos Depois (1998) e Halloween: Ressurreição (2002). Pelo visto Jamie ainda não havia esgotado seu estoque de gritos. "Eu apareço e faço o que tenho que fazer. E para mim precisa ser verdadeiro - qualquer coisa que eu faça, não importa o que", explicou a atriz. "Lembro que em Halloween, a primeira e única direção de John Carpenter para mim foi 'Quero que as pessoas acreditem que você é uma pessoa real'. Me preocupo sempre em tentar parecer real. E como sou corajosa, tento de tudo".

A atriz fazendo graça em 2011 ao lado do personagem de Halloween

O fino do brega

Muitos são os nomes usados em dia para se referir a esse tipo 'especial' de música: trash, retrô, cafona, cult… Ainda acho que o termo brega é o melhor. Sem nenhuma conotação pejorativa, pois sou fã assumido da chamada música brega. Aliás, na minha opinião, esse termo não a torna menos deliciosa e nem desqualifica seus intérpretes. 

Kátia; Almir Rogério e Reginaldo Rossi
É divertido ouvir e cantar essas canções que, de tão ingênuas, chegam a ser interessantíssimas. Nem todas resistiram ao tempo. Por isso mesmo fiz uma pequena lista com nomes de artistas que estiveram na boca do povo, venderam muitos discos e infestaram as rádios do Brasil. Alguns durante um período longo, outros por pouco tempo. Mas de um jeito ou de outro, até hoje quando são lembrados garantem a animação de qualquer festa. Confira a listinha básica e fique por dentro do brega mais chique do Brasil:

ARTISTA/GRUPO
HITS


Almir Rogério
Fuscão Preto; O Motoqueiro
Amado Batista
Fruto do Nosso Amor; O Lixeiro e a Empregada
Bianca
Vou Pra Casa Rever os Meus Pais; Minha Amiga
Carlos Alexandre
Canção do Paralítico; Feiticeira
Falcão
I'm Not Dog No; Holiday Foi Muito (Homem é Homem)
Fernando Mendes
Cadeira de Rodas; Você Não Me Ensinou a Te Esquecer
Genghis Khan
Genghis Khan; Comer Comer
Genival Lacerda
Severina Xique Xique; De Quem é Esse Jegue?
Gilliard
Aquela Nuvem; Pouco a Pouco
Gretchen
Conga, Conga, Conga; Melô do Piripipi
Jane & Herondy
Não Se Vá; Coisinha Estúpida
José Augusto
Fantasias; Sábado
Juanita
Eu Vou Sonhar; Dominique
Julia Graciela
Anúncio de Jornal; Eu Deixei a Minha Terra
Kátia
Lembranças; Qualquer Jeito
Lindomar Castilho
Você é Doida Demais; Eu Amo a Sua Mãe
Miss Lene
Deixa a Música Tocar; Quem é Ele
Nahim
Taka Taka Taka;  Dá Coração (Dá Dá Dá)
Odair José
Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)
Ovelha
Te Amo... Que Mais Posso Dizer?; Eu Vou Fazer a Sua Cabeça
Reginaldo Rossi
Garçom; A Raposa e as Uvas
Rosana
O Amor e o Poder; Nem um Toque
Sidney Magal
Sandra Rosa Madalena; O Meu Sangue Ferve Por Você
Trio Los Angeles
Vamos Dançar Mambolê; Transas e Caretas
Waldick Soriano
Eu Não Sou Cachorro, Não; A Dama de Vermelho


Brazilian Genghis Khan; Fernando Mendes e Trio Los Angeles
Bianca

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